quinta-feira, 19 de setembro de 2013

O Diabo veste Carvalho

O arquivo humano das trapalhadas petistas da última década

O homem mais poderoso da República não é o ex-presidente Lula, que se tornou refém de sua imagética messiânica.Mais poderoso do que Lula é um ministro de fala mansa e trejeitos amigáveis. 

Conhecedor dos segredos mais infernais do Partido dos Trabalhadores, Gilberto Carvalho é uma espécie de sentinela diabólico do esgoto moral do petismo.  

Lula é cativo da imagem falsa que criou: a de pai abnegado dos pobres. O ex-presidente não pode se dar ao luxo de parecer contaminado pela sujeira típica de Brasília. 

Mesmo que seja o poderoso chefão em exercício, Lula finge ser uma alma imaculada em uma esfera de cristal.  

O ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, dispensa o marketing. Todos sabem que ele sabe demais. Ele sabe o suficiente para manter uma influência vitalícia sobre os governos petistas – não importa o que os brasileiros pensem sobre ele.

Lula é refém da própria imagem; Carvalho não precisa de marketing

Qualquer projeto governamental digno de nota passou ou passará pela mesa de Carvalho. Não há dúvidas de que ele é mais bem informado que a própria Dilma. 

Se a presidenta um dia reeditar a famosa “eu não sabia”, há alguma chance de que esteja dizendo a verdade. Mas o secretário-geral da Presidência não convencerá nem ele mesmo se um dia disser o mesmo.

A trajetória sinistra do paranaense tem episódios surpreendentes. Gilberto Carvalho foi assessor do prefeito de Santo André, Celso Daniel, assassinado em 2002. Além do prefeito, várias testemunhas importantes do caso foram posteriormente assassinadas.

Irmãos de Celso Daniel afirmaram que Carvalho confessou esquema de corrupção 

Carvalho era braço-direito do prefeito e, conforme denunciaram os irmãos do prefeito que hoje encontram-se exilados por ameaças de morte, o PT tinha um grande esquema de corrupção em Santo André, onde enormes somas eram levadas à cúpula do PT — no caso, para José Dirceu, que era articulador da campanha presidencial.

Bruno Daniel, um dos irmãos de Celso Daniel, afirmou que Gilberto Carvalho, quando era assessor da prefeitura de Santo André, teria admitido haver um esquema de corrupção na cidade. 

De acordo com o irmão de Celso, o próprio Carvalho teria entregue R$ 1,2 milhão a José Dirceu, então presidente do PT. O dinheiro seria usado na campanha de Lula em 2002.


Investigações da Polícia Federal ligaram Carvalho ao recente escândalo de corrupção no Ministério do Trabalho. 

De acordo com a PF, a organização criminosa que desviou R$ 18 milhões de convênio com o Ministério do Trabalho buscou apoio do ministro Gilberto Carvalho para tentar obter aditamentos e novos repasses de verbas para o Centro de Atendimento ao Trabalhador (Ceat), ONG que teria se transformado no reduto da quadrilha.

Melhor que a NSA

Na capital federal tais associações ao nome de Carvalho não surpreendem ninguém. Ele é o grande articulador, tecedor de redes de contato, minerador de informações e, mais importante, o arquivo humano das grandes trapalhadas petistas da última década.

Se for esperto, Obama está espionando os emails de Carvalho e não de Dilma

Carvalho é melhor que a NSA, a agência de espionagem americana. Na verdade, se Washington estiver fazendo um bom trabalho em espionar o governo brasileiro a prioridade de grampos começa com Carvalho, depois vem Lula e, por último, Dilma.

Cristão sui generis

Mas há outro aspecto da controversa atuação política de Gilberto Carvalho que merece uma atenção especial. Com esse currículo impecável, o ministro vitalício se apresenta como cristão piedoso. 

Ligado aos setores da esquerda da Igreja Católica, Carvalho estou teologia e “militou” na Pastoral Operária Nacional, entidade da qual foi secretário-geral entre 1985 e 1986.

“Gilberto Carvalho foi seminarista...costurando acordos, trazendo para si pessoas importantes da hierarquia católica no Brasil que tornou-se em muitos de seus expoentes, a igreja da corte”, explicou o padre Paulo Ricardo no imperdível vídeo “Parresía - Os Teólogos da Corte”.


O ministro sempre faz questão de anunciar sua fé. Aliás, ele vai à missa todo domingo. Por isso é no mínimo estranho que Gilberto Carvalho se indisponha tanto com católicos e evangélicos que defendem o valor cristão mais importante, que é a defesa da vida.

O "católico" Carvalho quer guerra contra cristãos conservadores 

Como se sabe, os petistas rotineiramente tentam legalizar o aborto no Brasil. Em cada episódio a briga entre Carvalho e os cristãos “pró-vida” (pleonasmo?) abre novo round. Ele sempre classifica de “exageradas” ou “infundadas” as preocupações dos pró-vida diante das costumeiras operações disfarçadas da agenda abortista do Planalto.

Na edição do Fórum Social Mundial de 2012, Gilberto Carvalho fez declarações reveladoras sobre sua briga com os cristãos “conservadores”. Ele certamente não imaginava que sua fala dirigida aos companheiros iria vazar para a mídia e afetar sua pose de católico piedoso.  

Apesar de tudo, Carvalho é o interlocutor entre governo e bancada evangélica

Carvalho disse aos camaradas que o governo federal deveria se empenhar em uma guerra ideológica contra as igrejas neopentecostais que estariam contrariando a agenda petista ao propagar “valores conservadores” através dos seus meios de comunicação.

 Ele sugeriu que o governo criaria um canal de TV só para combater a influência dos tele-evangelistas.

Para o jornalista Reinaldo Azevedo, a fala de Carvalho confirma que o PT vê “as igrejas midiáticas” como a única oposição à agenda petista. 

O colunista destacou: “Os petistas, embora não o digam em público, consideram que a oposição está liquidada”. Carvalho quer uma guerra contra a única oposição que restou: a cristã “conservadora”.

[Conservador para os petistas é todo aquele que discorda da agenda abortista do Partido]

Em outras palavras, o ministro que mais se orgulha de sua fé cristã, talvez o único que tenha estudado teologia, é justamente o defensor de uma guerra do governo federal contra os cristãos que apenas lutam pela preservação da vida.

Diante de tal constatação vem o espanto: após essas declarações desastrosas, o ministro foi “perdoado” pela bancada evangélica. 

Aliás, o fato de que Carvalho é aceito por parlamentares católicos e evangélicos como seu interlocutor junto ao governo federal apenas confirma os poderes e a influência do ex-assessor de Celso Daniel. 

Fontes:









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