quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Lições de Hitchens para Guga Chacra e outros “liberais” de coração-mole


Hitchens para Guga: "Islamofobia é um termo vago e linguisticamente desajeitado."

“O Islã é uma religião de paz?” foi a pergunta que norteou o debate entre o jornalista iChristopher Hitchens, ateu, e o acadêmico suíço Tariq Ramadan, um muçulmano, em 2012, quando Hitchens começava a perder a batalha para o câncer.

“Após uma atrocidade cometida em nome do Islã qualquer um pode dar de ombros e dizer: ‘Ah, bom, aquilo não é o verdadeiro Islã. Ou ainda: ‘Ah, mas aqueles caras não são verdadeiros muçulmanos’. Mas onde está a autoridade para definir o que é o Islã real ouos verdadeiros muçulmanos? Quem pode dar a palavra final?”, alfinetou o jornalista inglês.

Christopher Hitchens não tinha medo de dizer coisas feias e desagradáveis em um mundo onde o politicamente correto venceu e faz baixas até nas fileiras da Direita.

O que ele diria dos atentados cometidos pelo grupo radical islâmico Al-Shebab no Quênia (65 mortos)? É "uma resposta da nação islâmica à ingerência do governo do Quênia e dos judeus nos assuntos da Somália”, disse um porta-voz do grupo. 

Atentado no Quênia: o que Hitchens nos lembraria?

Muitos analistas enxergaram neles apenas viés nacionalista.

É claro que se os tais “militantes” islâmicos fossem pessoas razoáveis poderiam encontrar outro meio de resistir à suposta ingerência do Quênia na Somália. Todos nós sabemos, contudo, qual é o procedimento padrão dos fundamentalistas islâmicos.  

O comentarista de política internacional do programa Globo News Em Pauta, Guga Chacra, fez uma análise rápida do episódio sangrento. Mas ofereceu as informações corretas: trata-se de um grupo extremista, cujo nome em árabe significa “juventude”, e parecia poderoso no passado.

Porém, há muito tempo o grupo estava desacreditado e considerado incapaz de ações tão sangrentas. Chacra afirmou que muitos analistas “acharam estranho” que o Al-Shebab tenha tido condições de fazer um atentado “dessas dimensões” no Quênia.

Hitchens insistia em mostrar o islamismo radical como um movimento global de terror. O jornalista ateu, um estudioso do fascismo, chegou a classificar o islamismo radical como o único movimento totalitário global em ascensão no mundo contemporâneo.

Radicais islâmicos ameaçaram novos ataques em Nairóbi

Se pensarmos em um “movimento global”, conforme a classificação de Hitchens, a estranheza dos analistas é mitigada. O tal Al-Shebab pode muito bem ter sido financiado e armado por mecenas ou outras redes terroristas de qualquer lugar do mundo.

As últimas informações confirmam que o grupo é apoiado pela Al-Qaeda. Os radicais do Islã formam uma rede global coesa, na qual existe troca de dinheiro, informações, alvos, e causas políticas – quanto inocentes foram mortos por “solidariedade à Palestina”?

O besteirol sobre a Islamofobia

Chacra: o medo dos americanos é irracional e exagerado? Mesmo?

O que chama a atenção nos artigos de Guga Chacra no Estadão é sua insistência em um termo de uso compartilhado pela esquerda e direita: islamofobia. 

Dez em cada 10 artigos de autoria de Noam Chosmky sobre política externa americana trazem a acusação de islamofobia - embora Chomsky nem sempre use diretamente o termo. Guga Chacra parece que vai ultrapassar o anarquista. 

Em um artigo choroso, “A Islamofobia depois do 11 de Setembro – uma campanha organizada dos anti-muçulmanos”, publicado em setembro de 2011, Chacra dá a impressão de que os americanos estão paranoicos sem muitos motivos para tal.


Chomsky e Chacra: está rolando alguma competição, rapazes?

“Antes do 11 de Setembro, os muçulmanos mais famosos da história dos Estados Unidos eram o boxeador Muhammad Ali e o ativista de direitos humanos Malcolm X”, escreveu o mestre em Relações Internacionais. 

Antes de prosseguir: “Direitos humanos”?

Malcom X tinha a mesma visão segregacionista da Ku Klux Klan de que negros e brancos deveriam viver em comunidades separadas. Alguns biógrafos relataram um encontro de Malcom com oficiais da Klan. Ele nada tinha de defensor de direitos humanos.

“Ninguém se importava que o presidente da Argentina na década anterior, Carlos Menem, era muçulmano e tampouco cogitavam a possibilidade de ele implantar a Sharia (lei islâmica) em Buenos Aires”, acrescentou Chacra.

A razão pela qual “ninguém se importava” volta à tona hoje na Argentina. Em 1994 a explosão de uma van em frente ao prédio onde funcionava a Associação Mutual Israelita Argentina deixou 85 mortos. 

Na época uma investigação excepcionalmente rápida conduzida pelo governo de Menem concluiu genericamente que a culpa era de “autoridades do Irã”. E só isso. O assunto morreu com os mortos.

 O ex-presidente argentino é acusado de acobertar ato contra judeus

Em duas décadas de investigações, o procurador especial Alberto Nisman concluiu que o atentado contou com apoio de várias organizações terroristas, incluindo o Hezbollah. Hoje o ex-presidente é acusado de obstruir a investigação do atentado e enfrenta processo judicial.

No mesmo artigo Chacra afirma que após o 11 de setembro muitos muçulmanos começaram a ser alvos nos Estados Unidos, apesar de o governo de George W. Bush sempre defendê-los, martelando que “o Islã era uma religião da paz, e não do ódio”.

Porém, notou o jovem comentarista, a chegada de Barack Obama ao poder trouxe novamente à tona a  islamofobia, ou seja, a aversão aos muçulmanos. Tudo isso, na interpretação dele, porque o novo presidente “era negro e filho de pai muçulmano”.

Bush: “o Islã é uma religião da paz, e não do ódio”.

“Um terço dos americanos acha que muçulmanos não deveriam ter o direito de concorrer à Presidência dos EUA e 28% são contra um seguidor do islã na Suprema Corte, de acordo com levantamento da revista Time”, escreveu Chacra, bastante horrorizado.  

A ideia de impedir um muçulmano de ocupar a presidência é estúpida. Porém, o mal estar com o resto não é. Os americanos estariam sendo fóbicos ou exagerados em sua paranoia? Será que a tal islamofobia tomou conta dos corações e mentes sem justificativa?

“Islamofobia é um termo vago e linguisticamente desajeitado. Fobia é medo irracional. O meu medo do terrorismo islâmico, por exemplo, não é irracional. É muito bem fundamentado”, escreveu Christopher Hitchens em um de seus artigos na Vanity Fair.

Não há nada de exagerado no medo crescente dos americanos em ver a ascensão de tantas mesquitas nos Estados Unidos. Todos nós sabemos que os clérigos islâmicos radicais transformam muitas delas em verdadeiras incubadoras de fundamentalismo.

A "Viúva Branca": jovens ocidentais cooptados por clérigos radicais

E o discurso belicoso dos clérigos radicais é especialmente atraente para os jovens ocidentais nestes tempos pós-modernos. Aliás, a polícia queniana investiga se a britânica Samantha Lewthwaite, conhecida como “viúva branca”, teve envolvimento com os ataques do grupo islâmico Al-Shabab ao shopping no Quênia.

Fascismo islâmico

Hitchens cunhou a expressão “fascismo com face islâmica” logo após os ataques de 11 de Setembro para atacar os fundamentalistas muçulmanos e, ao mesmo tempo, fazer sua apologia da desastrada guerra no Iraque.

Apesar das críticas virulentas, Hitchens insistiu em dizer coisas feias. Após uma enxurrada de ataques, muitos do velho Chomsky, o jornalista escreveu um artigo magistral, “Defendendo o termo fascismo islâmico”, no qual explica conceitualmente o termo.

Hitchens: semelhanças evidentes entre fascismo e islamismo radical

“Fascismo e fundamentalismo islâmico são movimentos baseados em um culto da violência que exalta a morte, a destruição e despreza a vida mental. Ambos são hostis à modernidade e amargamente nostálgicos. Ambos são obcecados com ‘humilhações’ reais e imaginárias e sedentos por vingança”, escreveu Hitchens.

O autor de “Deus Não é Grande” enfatizou ainda que fascismo e o fundamentalismo islâmico são sistemas totalitários de pensamento que sofrem de um desejo de morte. Não é por acaso que ambos salientam táticas suicidas e a ideia de sacrifício.

“Os dois, o fascista e o fundamentalista islâmico, preferem ver a destruição de suas próprias sociedades do que qualquer compromisso com os infiéis ou qualquer diluição das alegrias de absoluta ortodoxia doutrinária”, afirmou Hitchens.

Os delírios de Chacra

Guga Chacra sempre à postos: a zueira never ends

Em outro artigo que lembra um violinista tocando algo triste no telhado, “De Teerã a Nova York – A equação para entender a islamofobia e o islamofascismo”, Guga Chacra consegue a proeza de utilizar os dois termos e, ao mesmo tempo, desautorizá-los. Confira:

“Quando um pastor na Flórida ameaça queimar o Alcorão, um taxista de Nova York é esfaqueado e mesquitas em oito Estados sofrem ataques, em atos claramente islamofóbicos, acaba acentuando o islamofascismo. Por exemplo, o aiatolá Ali Khamanei, do Irã, aproveita o episódio para dizer que existe um complô dos EUA para queimar o livro sagrado do islamismo”.

Quando li a frase acima pela primeira vez, senti vergonha alheia. É mais do que evidente que os aiatolás de plantão usam qualquer pretexto para sua agenda de terror. Mas nem um chiclete ligaria tais desculpas com o sistema fechado que é o islamismo radical.

O aiatolá Ali Khamanei: preocupado com texanos malucos?

Os episódios de violência ou intolerância contra muçulmanos na América nada tem a ver com o fascismo islâmico que, como Hitchens ensinou, é um sistema de pensamento totalitário que cultua a violência! Ele não precisa ser alimentado por fatores externos!

Com ou sem taxistas assassinados, com ou sem texanos amalucados que não fazem sexo e preferem queimar os livros sagrados dos outros, o fascismo islâmico continuará existindo por si mesmo, fechado, autossuficiente. 

“Quando um soldado muçulmano mata seus colegas em uma base militar no Texas, um nigeriano tenta explodir um avião em Detroit e um paquistanês coloca um furgão com explosivos no Times Square, em atos claramente islamofascistas, acaba acentuando a islamofobia. Aumentam as ações contra os muçulmanos em geral, temendo que eles realizem ataques terroristas e tratando todos os seguidores como se fossem a mesma coisa”.

Mais uma vez: fobia é medo irracional. Chacra usa um termo imbecil para se referir ao medo “muito bem fundamentado” dos americanos diante da emergência do islamismo em suas variantes radicais, com as consequências previstas, em todo mundo.  

Trilha sonora dos artigos de Chacra no Estadão 

“Muitos islamofóbicos nem percebem que são. Normalmente, nunca viram um muçulmano ao vivo, não conhecem países de maioria islâmica e são influenciados por órgãos de imprensa como a Fox News, claramente islamofóbica. Imaginam que os muçulmanos queiram dominar o Ocidente, propagando uma série de mentiras...”

Sim, cry me a river...

Sentimentalismo bocó à parte, os fanáticos islâmicos operam um arcabouço conceitual fascista, que incluí “puro” e “perfeito” contra “imundo” e “profano”. Anote isso, Chacra: todo o Ocidente, para os islâmicos radicais, é imundo e profano. Faça as contas.

O direito à indiferença



No debate com Tariq Ramadan, Hitchens enfatizou a semelhança entre fundamentalismo islâmico e sistemas totalitários. Parecia evidente para o ateu que onde há predominância de variantes radicais do Islã o pluralismo e a democracia são inviáveis.

“O Islã clama ser a última e definitiva religião, a revelação final. Alega ser a solução para tudo e deve tomar conta de toda a vida. Isso engloba sexualidade, economia, dieta alimentar etc. É a resposta total. E a resposta total sempre precede o totalitarismo”, observou Hitchens. 
  
Ele lembrou que o cristianismo e judaísmo, originalmente, tinham a mesma pretensão – o judaísmo em uma escala menor. Mas ambos foram modificados por influências externas e hoje são muito mais flexíveis, embora (para Hitchens) igualmente estúpidos.

Em um texto curto, “Powell combate islamofobia na campanha eleitoral americana”, de outubro de 2008, Chacra escreveu o seguinte:

“Demorou, mas enfim uma figura de expressão na política americana se levantou contra a islamofobia que tomou conta da campanha eleitoral americana. Colin Powell afirmou que, caso perguntem se Obama é muçulmano, “a resposta correta é: ‘Ele não é muçulmano, ele é cristão’. Mas a verdadeira resposta certa é – ‘e se ele fosse? Há alguma coisa errada em ser muçulmano neste país?’ A resposta é não, não nos Estados Unidos”.

Powell: o legado do pluralismo ocidental

Guga Chacra não consegue enxergar a herança do pluralismo ocidental na resposta do republicano Colin Powell. Um cristão só poderá ser presidente de um país de maioria muçulmana se em tal nação o direito à indiferença for garantido.

Ou seja, se for estabelecido institucionalmente que a religião alheia é desimportante. Mas onde predomina o fundamentalismo, o direito à indiferença inexiste e todos devem se submeter às verdades sagradas, ainda que confessem outra fé.

“Nos países onde há fundamentalismo islâmico não se pode afirmar nada destoante do Alcorão. Repito: não se pode afirmar publicamente nada que destoe do Alcorão! Nem mesmo não-muçulmanos. Os cristãos não fazem mais isso em relação a Bíblia, os judeus não fazem mais isso em relação ao Pentateuco”, apontou Hitchens no debate.

Invertendo a pergunta de Powell: “Há alguma coisa errada em ser cristão em países onde predomina o islamismo radical? A resposta é sim... Nesses países, sim”.

Artigos citados:

http://www.slate.com/articles/news_and_politics/fighting_words/2007/10/defending_islamofascism.html

http://blogs.estadao.com.br/gustavo-chacra/de-teera-a-nova-york-a-equacao-para-entender-a-islamofobia-e-o-islamofascismo/

http://blogs.estadao.com.br/gustavo-chacra/powell-combate-islamofobia-na-campanha-e/

http://blogs.estadao.com.br/gustavo-chacra/a-islamofobia-depois-do-11-de-setembro-um-campanha-organizada-dos-anti-muculmanos/


PS.: Não sei se Guga Chacra é liberal, libertário, conservador ou apenas fã de John Lennon. Mas o termo “liberal de coração-mole” se encaixou perfeitamente com tudo o que li em seus artigos e por isso o utilizo aqui com licença poética.  

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

O Diabo veste Carvalho

O arquivo humano das trapalhadas petistas da última década

O homem mais poderoso da República não é o ex-presidente Lula, que se tornou refém de sua imagética messiânica.Mais poderoso do que Lula é um ministro de fala mansa e trejeitos amigáveis. 

Conhecedor dos segredos mais infernais do Partido dos Trabalhadores, Gilberto Carvalho é uma espécie de sentinela diabólico do esgoto moral do petismo.  

Lula é cativo da imagem falsa que criou: a de pai abnegado dos pobres. O ex-presidente não pode se dar ao luxo de parecer contaminado pela sujeira típica de Brasília. 

Mesmo que seja o poderoso chefão em exercício, Lula finge ser uma alma imaculada em uma esfera de cristal.  

O ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, dispensa o marketing. Todos sabem que ele sabe demais. Ele sabe o suficiente para manter uma influência vitalícia sobre os governos petistas – não importa o que os brasileiros pensem sobre ele.

Lula é refém da própria imagem; Carvalho não precisa de marketing

Qualquer projeto governamental digno de nota passou ou passará pela mesa de Carvalho. Não há dúvidas de que ele é mais bem informado que a própria Dilma. 

Se a presidenta um dia reeditar a famosa “eu não sabia”, há alguma chance de que esteja dizendo a verdade. Mas o secretário-geral da Presidência não convencerá nem ele mesmo se um dia disser o mesmo.

A trajetória sinistra do paranaense tem episódios surpreendentes. Gilberto Carvalho foi assessor do prefeito de Santo André, Celso Daniel, assassinado em 2002. Além do prefeito, várias testemunhas importantes do caso foram posteriormente assassinadas.

Irmãos de Celso Daniel afirmaram que Carvalho confessou esquema de corrupção 

Carvalho era braço-direito do prefeito e, conforme denunciaram os irmãos do prefeito que hoje encontram-se exilados por ameaças de morte, o PT tinha um grande esquema de corrupção em Santo André, onde enormes somas eram levadas à cúpula do PT — no caso, para José Dirceu, que era articulador da campanha presidencial.

Bruno Daniel, um dos irmãos de Celso Daniel, afirmou que Gilberto Carvalho, quando era assessor da prefeitura de Santo André, teria admitido haver um esquema de corrupção na cidade. 

De acordo com o irmão de Celso, o próprio Carvalho teria entregue R$ 1,2 milhão a José Dirceu, então presidente do PT. O dinheiro seria usado na campanha de Lula em 2002.


Investigações da Polícia Federal ligaram Carvalho ao recente escândalo de corrupção no Ministério do Trabalho. 

De acordo com a PF, a organização criminosa que desviou R$ 18 milhões de convênio com o Ministério do Trabalho buscou apoio do ministro Gilberto Carvalho para tentar obter aditamentos e novos repasses de verbas para o Centro de Atendimento ao Trabalhador (Ceat), ONG que teria se transformado no reduto da quadrilha.

Melhor que a NSA

Na capital federal tais associações ao nome de Carvalho não surpreendem ninguém. Ele é o grande articulador, tecedor de redes de contato, minerador de informações e, mais importante, o arquivo humano das grandes trapalhadas petistas da última década.

Se for esperto, Obama está espionando os emails de Carvalho e não de Dilma

Carvalho é melhor que a NSA, a agência de espionagem americana. Na verdade, se Washington estiver fazendo um bom trabalho em espionar o governo brasileiro a prioridade de grampos começa com Carvalho, depois vem Lula e, por último, Dilma.

Cristão sui generis

Mas há outro aspecto da controversa atuação política de Gilberto Carvalho que merece uma atenção especial. Com esse currículo impecável, o ministro vitalício se apresenta como cristão piedoso. 

Ligado aos setores da esquerda da Igreja Católica, Carvalho estou teologia e “militou” na Pastoral Operária Nacional, entidade da qual foi secretário-geral entre 1985 e 1986.

“Gilberto Carvalho foi seminarista...costurando acordos, trazendo para si pessoas importantes da hierarquia católica no Brasil que tornou-se em muitos de seus expoentes, a igreja da corte”, explicou o padre Paulo Ricardo no imperdível vídeo “Parresía - Os Teólogos da Corte”.


O ministro sempre faz questão de anunciar sua fé. Aliás, ele vai à missa todo domingo. Por isso é no mínimo estranho que Gilberto Carvalho se indisponha tanto com católicos e evangélicos que defendem o valor cristão mais importante, que é a defesa da vida.

O "católico" Carvalho quer guerra contra cristãos conservadores 

Como se sabe, os petistas rotineiramente tentam legalizar o aborto no Brasil. Em cada episódio a briga entre Carvalho e os cristãos “pró-vida” (pleonasmo?) abre novo round. Ele sempre classifica de “exageradas” ou “infundadas” as preocupações dos pró-vida diante das costumeiras operações disfarçadas da agenda abortista do Planalto.

Na edição do Fórum Social Mundial de 2012, Gilberto Carvalho fez declarações reveladoras sobre sua briga com os cristãos “conservadores”. Ele certamente não imaginava que sua fala dirigida aos companheiros iria vazar para a mídia e afetar sua pose de católico piedoso.  

Apesar de tudo, Carvalho é o interlocutor entre governo e bancada evangélica

Carvalho disse aos camaradas que o governo federal deveria se empenhar em uma guerra ideológica contra as igrejas neopentecostais que estariam contrariando a agenda petista ao propagar “valores conservadores” através dos seus meios de comunicação.

 Ele sugeriu que o governo criaria um canal de TV só para combater a influência dos tele-evangelistas.

Para o jornalista Reinaldo Azevedo, a fala de Carvalho confirma que o PT vê “as igrejas midiáticas” como a única oposição à agenda petista. 

O colunista destacou: “Os petistas, embora não o digam em público, consideram que a oposição está liquidada”. Carvalho quer uma guerra contra a única oposição que restou: a cristã “conservadora”.

[Conservador para os petistas é todo aquele que discorda da agenda abortista do Partido]

Em outras palavras, o ministro que mais se orgulha de sua fé cristã, talvez o único que tenha estudado teologia, é justamente o defensor de uma guerra do governo federal contra os cristãos que apenas lutam pela preservação da vida.

Diante de tal constatação vem o espanto: após essas declarações desastrosas, o ministro foi “perdoado” pela bancada evangélica. 

Aliás, o fato de que Carvalho é aceito por parlamentares católicos e evangélicos como seu interlocutor junto ao governo federal apenas confirma os poderes e a influência do ex-assessor de Celso Daniel. 

Fontes:









A síndrome do Peter Pan de 68

Aos 71 anos, Caetano Veloso luta para manter a pose de jovem rebelde

A geração da década de 1960 foi a pior coisa que já aconteceu ao mundo, especialmente aos países culturalmente atrasados como o Brasil. Os equívocos morais e intelectuais daquela geração até hoje resultam em doses cavalares de pasmaceira política.

Até a sociologia concorda: o mimetismo é a alma da cultura brasileira. Tudo o que soa moderno ou progressista recebe a acolhida dos artistas e intelectuais tupiniquins, sempre afoitos em mostrar que são cérebros descolados – em duplo sentido. 

Nos anos 60 a moda da intelectualidade nos países desenvolvidos consistia em desfilar pelas ruas com cartazes anunciando: “É proibido proibir” e apoiar ditadores como Mao Tse Tung e Pol Polt. 

É claro que os gênios da cultura brasileira mimetizaram as preferências ideológicas dos colegas bem-nascidos de Paris! 


Os jovens libertários de 68, na verdade, adoravam ditadores sangrentos

Não fosse a necessidade de mimetizar os jovens ricos rebeldes do Primeiro Mundo, os jovens rebeldes do Brasil talvez não tivessem embarcado no trem do comunismo. 

O esquerdismo que já era bastante equivocado naquela época – quando ainda existia União Soviética – se tornou uma prova de demência mental nos nossos dias. 

O esquerdismo burguês e os valores “revolucionários” dos socialistas ricos da classe artística brasileira hoje servem apenas para justificar o anacronismo moral das forças do status quo que não hesitam em assaltar os cofres públicos e intimidar ministros do Supremo Tribunal Federal.


  Chico fica tristezinho com o assassinato de dissidentes, mas defende Cuba 

O cantor Chico Buarque – que era o sonho de consumo das donas de casa defensoras do regime militar – assinou um manifesto de apoio a José Genoíno e outros mensaleiros condenados. Além de oferecer carta assinada para a defesa do parlamentar, Chico ligou de Paris (sintomaticamente) para estender sua solidariedade a Genoíno. 

Enquanto isso, Caetano Veloso – outro dinossauro do esquerdismo burguês, igualmente inofensivo na época da ditadura – não hesitou em declarar apoio aos grupos fascistas Black Bloc, que se infiltram em protestos para promover depredações e conflitos violentos. 


O esquerdismo burguês de Veloso e Buarque tem cheiro de múmias

Caetano Veloso achou um absurdo a proibição do uso de máscaras nos protestos de rua. É claro que ele enxerga beleza poética nos vândalos que destroem bancas de jornais e vitrines de lojas. Por outro lado, denuncia a “violência simbólica” na proibição do uso de máscaras. 

Superbacana

Como o meigo Chico Buarque, o comunista que mais adora Paris, pode ser tão canalha ao ponto de defender mensaleiros condenados por formação de quadrilha? 

Para o filho do sociólogo Sérgio Buarque de Holanda – que dizia que a democracia no Brasil é um “mal entendido” – os valores da revolução estão acima de tudo. Até de equívocos banais dos camaradas pegos em esquemas de corrupção.


Se Mao Tse Tung estivesse vivo, Chico Buarque adoraria defendê-lo! 

Em entrevista concedida à Folha, em 2004, Chico Buarque falou sobre Cuba. Ele confessou que fica “chateado” com o fuzilamentos de dissidentes, mas acha tais coisas feias necessárias para preservar os “valores da revolução”. É tão cômodo fazer tal defesa à distância, diretamente de Paris!

“É claro que me desagrada a ideia de um partido único, de liberdades vigiadas, mas existe ao mesmo tempo a necessidade de um controle para manter os valores da revolução, que a meu ver são louváveis”, declarou o meigo cantor ao repórter Fernando de Barros e Silva. 

Por sua vez, o velho baiano revelou em recente artigo publicado no jornal “O Globo” que sempre sonhou em ser “a esquerda da esquerda”. Talvez daí venha seu apoio à esquerdista light Marina Silva e, paradoxalmente, aos jovens violentamente fascistas do Black Bloc.


O Superbabaca Caetano apoia Marina Silva e os jovens fascistas do Black Bloc

Buarque e Veloso lutam para manter a pose de jovens rebeldes. É talvez inveja da múmia de Lênin, que permanece exposta para adoração eterna na Rússia.  

Os dois dinossauros do marxismo cultural dos Trópicos sofrem de uma variante perigosa da síndrome de Peter Pan: não querem crescer politicamente (como Ferreira Gullar) e tampouco aposentar seu esquerdismo com cheiro de múmia.

Em sua clássica “Superbacana”, Caetano sintetizou a postura covarde dele e de seu companheiro de museu ideológico. Para ser superbanca basta arrotar boas intenções em Copacabana, enquanto lá longe dissidentes são fuzilados e o centro do Rio é destruído por vândalos 

“Toda essa gente se engana 
Ou então finge que não vê que eu nasci 
Pra ser o superbacana

O mundo em Copacabana 
Tudo em Copacabana, Copacabana 
O mundo explode longe, muito longe...”

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Quem reza o Rosário do fascismo do bem?

No Brasil ideal da petista, aborto e infanticídio estarão liberados; palmadas serão um crime. 

Maria do Rosário é a ministra mais perigosa em atividade em Brasília. Mais do que isso, ela é a personificação da esquizofrenia moral que move o Partido dos Trabalhadores. Como se sabe, os petistas aqueles caras que aceitam o infanticídio indígena, mas querem abolir as palmadas nos lares brasileiros. 

A guerrilheira dos Direitos Humanos é autora da famigerada “Lei da Palmada”. Maria do Rosário quer interferir na forma como criamos nossos filhos, porém, ignora que os índios enterrem os seus filhos vivos por causa de algum costume cultural obscuro.  

A guardiã dos presidiários é também uma opositora estridente da redução da idade penal. Ela considera uma terrível violência obrigar “menores” (categoria que incluí homens de 17 anos) a pagar pelos crimes que cometeram. Mesmo em casos de assassinatos. Vale lembrar que em Cuba, que ela obviamente considera um paraíso, crimes cruéis são reprimidos com força pelo Estado. 


Na celebração dos 21 anos do diabólico Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a amalucada Maria do Rosário afirmou ser contra até mesmo “o debate para a redução da maioridade penal”. Sim, a petista não quer nem mesmo que exista debate sobre o tema.

Ela fugiu do debate sobre o tema na Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal. Talvez faltou coragem para encarar os pais do estudante Victor Hugo Deppman, cruelmente morto por um canalha de 17 anos. Ela jamais prestou qualquer solidariedade à família Deppman. Talvez porque Victor não era bandido ou terrorista. 


Rosário nunca presta solidariedade à quem não é bandido ou terrorista 
“Não quero passar a mão na cabeça do que comete ato infracional, mas três anos na vida de um adolescente significa praticamente chegar ao 18 anos dentro de uma unidade. Precisamos é investir no que eles fazem lá dentro, para que eles saiam e nunca mais cometam algo que seja agressivo e violento, mas nós ainda não fazemos isso no Brasil”, disse a ministra.

Nós, quem, cara pálida? O cidadão brasileiro já cumpre o seu papel sustentando com seu trabalho a maior carga tributária do Planeta Terra. O governo federal, infelizmente, é um atoleiro de corrupção (o último esquema levou R$ 400 milhões no Ministério do Trabalho) e toda essa dinheirama acaba nas mãos de parasitas ou partidos de aluguel da base aliada.

Lógica tresloucada 

Os nazistas eram vegetarianos e defensores dos direitos dos animais. Os agentes da SS choravam toda vez que um cachorro era atropelado. Mas não se incomodavam com os judeus morrendo de fome nos guetos ou sendo sistematicamente exterminados nos campos de concentração da Alemanha. Por quê?


Nazistas preferiam animais à judeus; petistas preferem terroristas à pugilistas
Assim como os militantes da esquerda revolucionária, os nazistas eram orientados por dogmas ideológicos que lhe forneciam uma cosmovisão (um catálogo de crenças que oferece respostas a tudo). Nazistas preferiam animais aos judeus porque em sua cosmovisão os judeus eram uma subespécie inferior até mesmo aos cachorros. 

Da mesma forma, não há contradição interna na cabeça de Rosário quando ela apresenta um projeto de lei que proíbe as palmadas e, ao mesmo tempo, mantém sua posição favorável à legalização do aborto. E fecha os olhos para o infanticídio indígena. 

Tudo se explica no interior da lógica tresloucada de Rosário: só o Estado tem o poder de disciplinar as crianças ou de autorizar a morte delas. De acordo com os dogmas ideológicos da petista, a sociedade é repleta de “preconceitos”, portanto, o Estado é detentor de todas as virtudes e única entidade capaz de estabelecer racionalmente quem deve ser eliminado

Totalitários do bem

Não fossem algumas resenhas generosas de Rodrigo Constantino e Luiz Felipe Pondé, passaria despercebido no Brasil o lançamento do livro “Fascismo de esquerda”, do ensaísta americano Jonah Goldberg. A obra não fala dos governos fascistas do passado, mas aborda o fenômeno do “fascismo do bem”, que agrupa bandeiras que vão desde o pacifismo até o ambientalismo.


Fascistas são aqueles que colocam o Estado acima da sociedade 
Goldberg explica que a esquerda se torna fascista quando passa a cultuar o Estado como centro de tudo. “O que os une é a estética e o culto da ação, além da necessidade de um Estado todo-poderoso para coordenar a sociedade”, detalha o autor. 

Maria do Rosário é uma crente fervorosa na autoridade do Estado. Ela acredita que a sociedade é despreparada até mesmo para debater a redução da idade penal. Só o governo virtuoso do qual participa seria capaz de promover a paz social, pois seus dirigentes são devotos de dogmas ideológicos “politicamente corretos” como, por exemplo, a ideia de justiça social (leia-se assistencialismo).


A ministra lamenta a 'tortura' na Fundação Casa, mas aprova a ditadura cubana
A princesa dos menores infratores se julga uma agente do bem. De Stálin a Mussolini, todo totalitário começou com a vontade de fazer o bem. Porém, não devemos julgar alguém por suas supostas boas intenções, mas pelas consequências concretas de suas ações. 

E a esquizofrenia moral de Maria do Rosário – que junta defesa do aborto à proibição das palmadas – é uma prova de que as mentes radicais são tão loucas quanto perigosas. No Brasil ideal com o qual a ministra dos Direitos Humanos sonha, o aborto e o infanticídio estarão liberados. As palmadas serão um crime.  

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Rawan: o relativismo estupra e mata

Os progressistas do Ocidente apoiam o relativismo cultural que mata crianças

 Uma criança de apenas oito anos morreu no dia último 07, no Iêmen, após a “lua de mel” com o marido de 40 anos. A pequena Rawan morreu com ferimentos internos no útero. Ela havia sido vendida pelo padrasto para um saudita, um costume tribal protegido naquela região.

Rawan é mais uma vítima do relativismo que – em nome de uma suposta tolerância cultural – diz que não devemos julgar e muito menos interferir nos costumes de outros povos, ainda que sejam costumes absolutamente bárbaros e violentos. A complacência do Ocidente para com a selvageria contribuiu para a morte de Rawan e de milhares de outras pessoas.

O relativismo parte do pressuposto de que a verdade é “múltipla” e, portanto, tudo é “contextual”.  O canibalismo é uma atrocidade? Depende do contexto. E o infanticídio indígena? Bem, se os índios brasileiros acham bonito matar crianças à luz do dia, quem somos nós para julgá-los?

Tal doutrina criminosa apregoa que as pessoas são menos importantes do que os costumes da sociedade na qual tiveram o azar de nascer.  O relativismo confere proteção a costumes altamente questionáveis como a extirpação do clitóris em mulheres de tribos africanas.  Ou ao costume de algumas tribos brasileiras de enterrar vivas crianças que julgam amaldiçoadas.

O infanticídio indígena é praticado sob proteção dos antropólogos relativistas da Funai

O filósofo Paul Boghossian, da Universidade de Nova Iorque, lembra que o relativismo surgiu para fornecer os recursos filosóficos necessários para impedir que alguém acuse culturas oprimidas de sustentar opiniões falsas ou injustificadas. Como produto típico de mentes progressistas, o relativismo só se sustenta por suas supostas boas intenções, pois na prática serve apenas para apoiar práticas odiosas e assassinas.  

Desde sempre o relativismo é uma caixa de pandora de preconceitos medievais protegidos com amor e carinho por progressistas de coração-mole. Ao abrir mão de juízos universais, o progressista relativista passa a acreditar que arrancar os clitóris da esposa ou lhe enviar flores são a mesma coisa.

Rawan foi assassinada. A morte daquela inocente criança foi permitida, chancelada e protegida não apenas pelos selvagens da área tribal de Hardh, fronteira com a Arábia Saudita, mas pelas falanges progressistas do multiculturalismo que governam desde a nossa Funai até o Parlamento britânico.

As mesmas falanges progressistas que, paradoxalmente, querem cotas raciais e direitos homossexuais no Ocidente. A pobre Rawan jamais poderia imaginar que seria estuprada e morta com o apoio de tantas pessoas tolerantes. Gente que vive discutindo o relativismo no ambiente protegido dos feudos acadêmicos e que grita “fascismo!” com a mesma facilidade com que troca de roupa.